Por muito tempo, as empresas tomavam decisões baseadas no “feeling” dos gestores. Mas, os progressivos avanços dos estudos corporativos demonstraram a eficácia do Business Intelligence (BI).
Que traduzido significa Inteligência de Negócios, como instrumento fundamental para análise de resultados para uma decisão mais assertiva.
O conceito do Business Intelligence começou a ganhar notoriedade em meados dos anos de 1950, mais especificamente em 1958, quando o cientista Hans Peter Luhn publicou um artigo sobre o sistema de computação da IBM.
A publicação foi intitulada “A Business Intelligence System”, em tradução “Sistema de Inteligência Empresarial”.
Que descrevia um sistema automático, com o objetivo de disseminar informações para os mais variados departamentos de uma organização, seja ela uma indústria, instituição pública ou privada.
A partir daí, o estudo de Luhn ganhou novas interpretações e adeptos. Hoje, o Business Intelligence aparece como uma ferramenta fundamental para as estratégias de marketing, sendo possível direcionar melhor as escolhas da empresa.
Neste artigo, vamos tratar um pouco de como o Business Intelligence pode ser muito interessante para a sua estratégia de marketing.
Como funciona o Business Intelligence? Saiba mais sobre o conceito
O Business Intelligence consiste na coleta de dados, bem como organização, análise, interpretação e monitoramento de informações sobre a empresa, com o intuito de verificar se as campanhas e investimentos estão com bons resultados.
Por exemplo, um negócio de consultoria para importação de máquinas usadas lida com inúmeras questões burocráticas, inclusive legislações e normas do Ministério do Desenvolvimento.
Por conta disso, a empresa conta com um banco de dados com todas as informações sobre cada um dos procedimentos, para que tudo ocorra legalmente.
Com o Business Intelligence, a consultoria pode utilizar dos relatórios para compreender quais atividades foram prósperas e quais não deram certo (e por qual motivo).
Desse modo, fica mais fácil visualizar quais são as falhas e o que é possível fazer para resolver o problema.
Portanto, o Business Intelligence pode ser aplicado em diversas atividades, por isso, ele é considerado um conjunto de processos que visa entregar as informações certas para os departamentos certos.
Em geral, o Business Intelligence pode se resumir em:
- Coleta de dados;
- Organização das informações;
- Análise dos relatórios;
- Mensuração dos investimentos;
- Monitoramento dos resultados.
O Business Intelligence é aplicado em uma grande diversidade de operações.
Por exemplo, a estratégia pode ser vista durante a análise de um sistema de conciliação de cartões, para verificar a quantidade de pagamentos em débito e crédito, bem como os demais aspectos financeiros.
Vale ressaltar que o Business Intelligence faz parte dos processos de inovação da empresa, já que ele depende da integração de ferramentas tecnológicas, como softwares, sistemas de armazenamento e análise de dados, entre outros.
Atualmente, as empresas que utilizam o Business Intelligence conseguem se destacar no mercado, muito por conta da assertividade na tomada de decisões e o melhor direcionamento de investimentos.
Em um mundo cada vez mais competitivo e exigente, optar pelo Business Intelligence pode ser a garantia de sucesso.
5 dicas para aplicar o Business Intelligence na sua estratégia de marketing
Mais do que se destacar perante à concorrência, o Business Intelligence é uma maneira de controlar gastos e orientar melhor as campanhas, principalmente no marketing.
Hoje em dia, os clientes buscam conteúdos cada vez mais personalizados, voltados à sua necessidade.
Por exemplo, não adianta oferecer o serviço de manutenção de câmeras de segurança para compradores que não estão interessados nesses dispositivos.
Ou então, mesmo que se deseje abrir novas possibilidades, é preciso incitar o desejo sobre o determinado produto ou serviço.
No caso das câmeras, o ideal é ressaltar as vantagens de ter equipamentos de segurança, reduzindo ações ilegais dentro de uma localidade.
Nesse sentido, o Business Intelligence aparece como um processo eficiente para gestão de informações em marketing, sendo possível elaborar campanhas personalizadas, de acordo com o público-alvo das empresas.
O Business Intelligence proporciona o conhecimento de inúmeros dados, que são imprescindíveis para a tomada de decisões, mas também para verificar como a empresa está no mercado (se é possível sobreviver, se é preciso fazer novos investimentos).
Muito disso, deve-se à grande quantidade de informações disponíveis, sendo possível visualizar:
- As oscilações de venda;
- Os produtos e serviços preferidos pelos clientes;
- O melhor momento para vender algo;
- Os produtos e serviços de melhor rentabilidade.
Confira abaixo as dicas para incorporar o Business Intelligence na sua estratégia de marketing.
1 – Escolha o melhor software de análise de dados
Implantar uma solução de Analytics, isto é, de análise de dados, é o primeiro passo para iniciar a sua estratégia de marketing baseada no Business Intelligence.
Na prática significa escolher um software automatizado para verificar os dados dos principais canais de marketing, especialmente os online.
Desse modo, visualiza-se informações de um e-commerce, site, redes sociais e outras páginas da web.
Por exemplo, um e-commerce pode coletar informações a respeito da quantidade de usuários que visitou um determinado produto.
Como uma fita de cetim personalizada para embalagem, por exemplo, de onde esses internautas vieram e quantos concluíram a compra da mercadoria.
Com isso, fica mais fácil saber em quais canais investir em marketing. No exemplo anterior, se a maioria dos usuários conheceu o produto por meio das redes sociais, é interessante planejar uma estratégia para conversão de usuários por meio dessas mídias.
2 – Analise os dashboards para melhor interpretação dos dados
É realmente difícil interpretar uma grande quantidade de dados, ainda mais quando as informações estão misturadas.
Por esse motivo, muitos softwares de Analytics contam com painéis de dashboard, com gráficos e figuras, para ajudar na interpretação dos dados de maneira mais objetiva.
Desse modo, se a empresa deseja verificar quantas pessoas compraram o reservatório de fibra, em uma determinada região (cidade específica), o dashboard facilita a visualização e simplifica a análise.
Além disso, vários softwares Analytics possuem relatórios integrados com as dashboards.
Com esses recursos, pode-se definir quais KPIs (Key Performance Indicators) e métricas podem ser usados na empresa, de acordo com os objetivos do negócio.
Por exemplo, se um empreendimento especializado em manutenção geradores a diesel tem a meta de aumentar o tráfego no site, os relatórios do Analytics permitem verificar o que é possível ser feito para alcançar o objetivo.
3 – Elabore um perfil médio dos consumidores
O Business Intelligence é uma excelente forma de obter informações a respeito do comportamento dos clientes.
Para isso, é preciso juntar dados sobre o público-alvo, que é basicamente um conjunto de características da maioria dos consumidores.
Por exemplo, quem são as pessoas interessadas no serviço de reparo de servo motor?
Provavelmente, indústrias que operam com maquinários específicos, como equipamentos de usinagem.
Essa resposta foi obtida não apenas com conhecimento básico sobre o componente servo motor, mas também, após uma análise dos principais clientes interessados no serviço.
Assim, pode-se definir um público-alvo com os seguintes fatores:
- Consumidor final ou Empresa;
- Gênero;
- Faixa etária;
- Profissão ou nicho de mercado;
- Média salarial ou ganhos anuais;
- Hobbies.
Com todos esses dados, a equipe de marketing pode planejar uma campanha personalizada para o público-alvo, além de reconhecer o comportamento dos clientes e saber como orientá-los durante o processo de compra.
4 – Identifique os riscos e as oportunidades
O Business Intelligence também ajuda às empresas na identificação de riscos e oportunidades no mercado.
Imagine que um check out para supermercado altamente tecnológico foi desenvolvido e o seu negócio precisa do equipamento para organizar os processos de venda.
Os dados da empresa, como capital de investimento, lucratividade e rentabilidade podem ajudar os gestores a definir se, realmente, o maquinário é necessário para a organização.
Com isso, é possível evitar gastos e orientar melhor os investimentos, para que a empresa saiba quando o ideal é poupar, ao invés de investir.
O mesmo vale para o marketing. Nem sempre uma determinada campanha, vista como altamente rentável, é de fato boa para a sua empresa. Para definir isso, é preciso se embasar em um conjunto de dados e métricas.
Um exemplo notório são as propagandas televisivas. Muitos empreendimentos acreditam que a publicidade audiovisual na TV é a melhor forma de adquirir clientes.
No entanto, esquecem de verificar o comportamento de seus consumidores e o valor do investimento necessário.
Dependendo da análise, a empresa pode ter mais sucesso em uma campanha voltada para internet do que para as mídias tradicionais.
5 – Faça a integração do departamento de Marketing e Vendas
A coleta, armazenamento e análise de dados são processos fundamentais para toda a empresa, não somente para o Marketing.
Por conta disso, o Business Intelligence permite integrar ambos os departamentos, para uma gestão mais eficiente, compartilhada e engajada.
Importante ressaltar que o Marketing é dependente das Vendas e vice-versa, já que ambos os departamentos utilizam, basicamente, os mesmo dados e têm os mesmos objetivos.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.